Competência 2 de 8 - Riscos
“Uma liderança do serviço público na era digital pode antecipar e mitigar os riscos à privacidade, à segurança e à ética que são inerentes ao governo da era digital.”
Antecedentes desta competência
Por mais de um século, os otimistas previram que as tecnologias da informação permitiriam aos governos atuarem melhor - economizar custos, ser mais eficientes e eficazes, fornecer serviços mais personalizados. Embora muitas dessas previsões tenham se tornado realidade, um problema tem sido constantemente subestimado: a possibilidade de que as novas tecnologias possam sujeitar os cidadãos a novos riscos e danos anteriormente desconhecidos ou minar a confiança nas instituições públicas.
Um quarto de século após a revolução da internet, esses riscos e danos são muito aparentes e permeiam uma ampla gama de atividades governamentais. Desde tentativas de um poder estrangeiro de distorcer eleições até o uso de algoritmos potencialmente tendenciosos para sentenciar criminosos condenados. Erros e problemas nocivos são uma história cotidiana.
Significado desta competência
O cerne dessa competência é a ideia de que os dirigentes do serviço público devem estar cientes dos prováveis riscos à privacidade, à segurança e à ética que são especificamente inerentes ao uso de sistemas digitais como parte do governo.
Vale ressaltar que o aspecto digital desses riscos é apenas um aspecto - os servidores públicos precisam estar atentos para não cometerem erros relacionados à privacidade, à segurança e à ética em seu trabalho. Mas as possibilidades dos sistemas de tecnologia digital criam novos vetores de riscos sobre os quais os servidores públicos devem estar cientes.
Para desenvolver essa competência, não se pode esperar que os dirigentes públicos adquiram conhecimentos profundos em todas essas áreas de risco. Mas eles precisam saber quando e como recorrer a especialistas relevantes e como avaliar se a contribuição do especialista é confiável ou suficientemente abrangente.
Por que essa competência foi desenvolvida e acordada?
Nossa lista de 8 competências essenciais foi criada para complementar competências atuais já existentes, muitas vezes ensinadas em escolas de administração pública ou de políticas públicas. Todas as oito competências, portanto, representam competências que não são ensinadas aos servidores públicos atuais nem aos futuros. Representam também competências que requerem alguma atualização para serem eficazes na era digital.
Os dirigentes públicos podem tomar decisões sobre o uso de sistemas digitais que criam riscos ou causam danos às pessoas sem perceber que o fizeram. É importante que a próxima geração de dirigentes tenha um conjunto mínimo de habilidades que lhes permita identificarem problemas previsíveis, como brechas de segurança evitáveis e a solução de tendências problemáticas nos serviços governamentais.
Sugestão de Leitura
'Introduction to Cyber Security' - Future Learn
Understanding artificial intelligence ethics and safety - Dr David Leslie
What Happens When Data Fails - GovLoop